Curitiba, 01 de Julho de 2018
Sou filha desta terra!
Querida Curitiba, com orgulho, sou filha desta terra, onde nasci a 27 de agosto de 1941. Cresci junto ao desenvolvimento vertiginoso e ao mesmo tempo nostálgico de nossa cidade.
Curitiba do BONDINHO de outros tempos, que habita hoje a Rua das Flores. Patrimônio artístico cultural para recordar e ficar na história.
A feirinha do Largo da Ordem, de pequena, ficou grande, majestosa. O programa das manhãs de domingo! Tem música, muito artesanato, diversão, turistas e o encontro de amigos. É o coração da cidade.
Curitiba memórias. Te descobri, te conheci, te pesquisei.
O primeiro cinema da cidade que se tem registro foi o “Cine Mignon”, criado na década de 1910. Ficava na rua XV de Novembro.
Na década de 50, estudava no Instituto de Educação do Paraná. Na hora do recreio dava para ver, do outro lado da rua Voluntários da Pátria, um novo cinema. Seu proprietário, Antonio Morilha, casualmente meu tio. Tinha orgulho dele.
Minha Curitiba não tem praias, em compensação, além do nosso incrivelmente belo e antigo Passeio Público, foram surgindo muitos parques verdes, serpenteando a cidade.
Amiga Curitiba, no auge da minha carreira, no mundo das artes, me fortalecia levando meus discípulos a desfrutar da magia destes parques.
Frondosas árvores, riachos, muitos pássaros, jardins floridos, a brisa leve, o ar puro. Nuvens a dançar no azul do céu. Um convite às artes. Com seus pincéis, tintas, cavaletes e muita energia, vai surgindo em cada tela, um pedacinho da nossa cidade. Diria, para a eternidade, porque a Arte é eterna e única.
No final das tardes, agradecidos, com ansiedade imaginando o próximo passeio.
Envolvida pelo despertar da minha Curitiba, comecei a frequentar museus e centros culturais a procura de fotos, documentos antigos, com o objetivo de perpetuar nossa história através da arte. Com muito trabalho, pesquisa e inspiração, fui transportando nas telas, a cidade outrora cinzenta, pacata, silenciosa por vezes, que começa a crescer, mudar de cor, no vertiginoso encontro com o progresso.
Minha Curitiba, não poderia faltar neste cenário a manada. Meus cavalos, meus amigos. Tema principal nas minhas obras. (Destacando o TRÍPTICO (Três telas) medindo cada uma 1,00 m horizontal e 1,30 m vertical. Esta obra fez parte integrante de individual de Ilva Aguiar, na Galeria Portal das Artes de Curitiba, em junho de 2003, adquirida pelo Dr. Edson Cassou).
Neste encontro, a cidade afasta do teu seio a manada, que parte em busca de novos horizontes.
Assim, minha Curitiba segue seu caminho ao encontro de novas conquistas e ainda muitos desafios.
Autora:
“Autodidata Ilva Aguiar vem participando desde 1975 ativamente do meio artístico, com mais de 30 individuais em várias cidades brasileiras e argentinas, destacando-se em 1997 na Vox Galley em New Jersey – USA. Durante 30 anos, ministrou aulas de pintura e desenho em seu atelier em Curitiba. No seu tema favorito, destacam-se os cavalos, uma das paixões de sua vida.”
