Curitiba, 26 de Maio de 1991
NADIESDA DE AZEVEDO ROMANÓ; é dona de um curriculum invejável. Ensina Línguas: português e francês. Faz versões, traduções e interpretações. Morou durante seis anos em Paris onde se aprofundou nos estudos de Francês, fazendo nove cursos de especialização, inclusive na Sorbonne, Também em Paris deu aulas nos cursos de verão na “Foundation Post Universitaire” (Sorbonne Nouvelle). Atualmente além de dar aulas particulares, e na Aliança Francesa, Nadiesda vem fazendo traduções simultâneas para importantes acontecimentos. Confiram, é Nadiesda.
PESSOALMENTE
Temperamento: Sou curiosa, adoro aprender e conhecer coisas novas.
Signo: Touro.
Perfume: C’est mon secret.
Cor: Azul.
Hobby: Dançar, talvez eu volte a praticar de novo.
Não gosto de: Mentiras.
Gosto: Paixão .
Admiro: Minha mãe, Leonida.
Pretendo: Continuar a fazer o que faço e voltar a estudar.
Planos: Terminar a Pós-graduação e ser muito amiga sempre de minha filha Nastássia.
lzza – Quando e porque você optou por esta profissão?
Nadiesda – Parti para Paris com o objetivo de dançar Ballet, mas quando cheguei não havia vaga disponível na escola, por isso eu teria que esperar lá mesmo. Fui me apaixonando pela História, pela Língua e resolvi primeiro aprender a falar para melhor me relacionar, fazer amigos, etc. Assim fui me envolvendo.
Izza – Você pretendia ficar tanto tempo?
Nadiesda – Realmente quando lá chequei, pensava que iria ficar um período, mas o tempo passa depressa quando gostamos do que estamos fazendo e eu queria muito alcançar os meus objetivos. Me envolvi estudando, me aperfeiçoando, e principalmente aproveitando cada minuto. Uma vez por ano eu vinha para cá visitar a minha família.
Izza – Quantos cursos foram necessários para a tua formação como professora?
Nadiesda – Fiz todos os cursos da Aliança Francesa de Paris. Entre eles “Diplome De Langue Française”, “Diplome Superieuer D’Estudes Françaises Modernes”, “Brevet D’aptitude a L’enseignement Ou Français Hors de France” e finalmente, Professorat, o maior, para ser professora. No total foram nove cursos.
Izza – E na Sorbonne?
Nadiesda – Também com a finalidade de ser professora, fiz “Certificat De Didactique Des Moyens audio-visuels”, onde aprendi a utilizar a publicidade no ensino.
Izza – Em que consiste este método?
Nadiesda – Bem; a publicidade nos dá muita informação em pouco tempo. A imagem e a Linguagem são ricas e o visual é bonito e agradável. Além disso aborda o cotidiano. Eu trouxe tudo de Paris, inclusive o vídeo e a televisão porque o sistema é único.
Izza – Como você consegue estar sempre atualizada?
Nadiesda – Vou a França uma vez por ano para me inteirar das novidades, e enquanto estou aqui, recebo o material de ex-professores e amigos.
COMO PROFESSORA
Dou aulas particulares, em função da necessidade do aluno, muitas vezes por motivo de viagem ou Bolsa de Estudo. As aulas são práticas, super motivadas para que o aluno grave o que é necessário rapidamente, pois as pessoas que tem objetivos precisos não dispõe de muito tempo, necessitam de muito vocabulário. Nem um método é perfeito por melhor que seja, por isso fiz o meu próprio método buscando o que achei melhor em vários deles e os intercalando com material didático. Através do vídeo, provoco situações com muita descontração para que o aluno aprenda quase sem se dar conta. Para que tudo seja perfeito, criei aqui em casa um ambiente super agradável com objetos que eu trouxe de Paris e uma vez por mês reúno os alunos para um coquetel. Convido alguém que fale francês e que faça uma explanação sobre algum te-ma importante, e assim passamos uma noite agradável como se estivéssemos na França. Dou aulas também na Aliança Francesa. É outra situação, outro tipo de trabalho. Na Aliança sigo o método lá estabelecido.
COMO TRADUTORA
Como me dediquei muito às aulas desde que voltei de Paris, somente de um ano para cá intensifiquei este lado, pois adoro fazer traduções simultâneas. No início tive que preparar mais o português, pois como eu estava muito acostumada a só falar francês, perdi um pouco do vocabulário de nossa língua. Estudei mais, aí ficou perfeito.
Izza -Há campo de trabalho no setor?
Nadiesda – Fui convidada até pela Prefeitura Municipal e pela Secretaria de Cultura de São Paulo para fazer traduções. Acho que há campo de trabalho, mas poucas pessoas especializadas. Muita gente fala a língua mas não se aprofunda, desconhece o mecanismo, o que é essencial. Eu sempre digo que para que se aprenda bem uma língua é preciso competência e performance.
Izza – Este ano quais foram os teus trabalhos mais recentes como tradutora?
Nadiesda – Fui tradutora e intérprete da Secretaria da Saúde Municipal de Curitiba na visita da Embaixada Francesa e Association de Cooperation et Developpement das Stuctures Sanitaires – ACODESS. Trabalhei com tradução simultânea do Curso de Ética em Curitiba, no Congresso Inaugural da ABECAN – Associação Brasileira de Estudos Canadenses, promovido pela embaixada do Canadá, pela nossa PUC e a FAUBAI – Forum de Assessoria das Universidades Brasileiras para assuntos internacionais.