Advogada pela Faculdade de Direito da Universidade Federal do Paraná, na turma 1974. Jornalista com mais de 3.000 crônicas publicadas em jornais e revistas do Paraná, Brasil, Uruguai e Argentina. Membro Honorário da Comissão Estadual Judiciária de Adoção Internacional, desde 1991. Representante para o Brasil da Fundação Bürgermeisterhaus, com sede em Essen, na Alemanha, desde 1993. Esses são alguns tópicos do histórico de Anita Zippin que além de tantas atuações também é escritora, tendo vários livros publicados: O Dália que Eu Vi, Década, Pais, Filhos, Encontros, Desencontros, Tarde Demais para Esquecer o Cinema e Cozinha Velha(no prelo).
As homenagens também fazem parte da trajetória de Anita, que recebeu o título de Vulto Emérito de Curitiba, Câmara Municipal, 1998; Medalha Paul Harris, Fundação Rotária do Rotary Internacional, 1990; Prêmio 300 anos – Cidade de Curitiba, Câmara Municipal, 1993; Prêmio Literatura, “300 anos de Curitiba”, Centro de Letras do Paraná, 1993; Prêmio Talento do Paraná – Literatura, 2000.
Anita é Assessora Jurídica do Tribunal de Justiça, dando especial atenção para a Infância e Juventude, com trabalhos ainda inéditos para membros do Poder Judiciário, Legislativo e Executivo, nas áreas da criança, do idoso e dos dependentes de drogas. Adora quando lhe pedem alguma missão impossível. Lembra imediatamente de seu eterno Dálio Pai, advogado de trincheira, que dizia: “Tragam-me sempre dificuldades! As boas notícias me enfraquecem”. Está sempre em dia com a magnífica gestão de Fani Lerner à frente da Secretaria da Criança, Adolescente e Família, procurando, de diversas formas, estar pronta para juntas, encontrarem as melhores soluções.
No jornalismo é que ela “advoga com as palavras”. Escreve para diversos jornais e revistas. Aprendeu na casa paterna a ser livre pensadora, levantando questões que tratam dos aspectos em que a sociedade está sendo lesada, ou enaltecendo aqueles que tanto bem fazem ao mundo. Levita com as palavras a ponto de, muitas vezes, não saber o que irá ler em sua coluna, tal a facilidade com que chegam os temas, sempre diferentes, em um mesmo horário. Busca a verdade e procura aprender com os mais experientes. Afinal, com eles está a verdadeira sabedoria.
Promove concursos de literatura, bem como está sempre à caça de novos talentos que precisam de incentivo para vir à tona. Participa ativamente da cultura, sem se curvar aos “estelionatários das artes”, aproveitando a pena e a vontade de que tudo seja transparente por um país melhor. Cuida com carinho do evento “Noite do Oscar”, em conjunto com o Museu da Imagem e do Som, sendo além de cinéfila, a mais crítica para chegar ao filme do ano, que está em plena sintonia com o seu gosto. Também na música está atenta para o artista que dá tanto de si e, muitas vezes, parte na miséria. Costuma abrir portas e encontrar caminhos para aqueles que pensam estar na escuridão.
ANITA
Nascida em berço de ouro, porque tive pais e avós verdadeiros tesouros, acredito que meio caminho estava trilhado. A outra parte, tento estar entre flores e perfumes, embora encontre pedras a serem por mim removidas. Como fica tudo difícil quando se está só, o que não é o meu caso. Tenho, além dos familiares, colegas e amigos, a figura carismática do leitor, que hoje devem ser milhares de diversas gerações que me ouvem, por meio das crônicas e me respondem, nem que em silêncio. Sinto que criei estilo na Literatura, escola esta copiada até por “gente grande”, o que me deixa feliz.
Tenho planos mirabolantes e outros para ir vivendo. Escrever sempre faz parte de mim! Se terei maior espaço, agradecendo os que já existem, deixa de ser preocupação, para me dar a oportunidade de imaginar um mundo perfeito e, ao mesmo tempo em que sou saudosista, lembrando detalhes de uma infância e adolescência felizes, tento reformar mentes, sempre em busca de momentos melhores para todos.
A virada do milênio é apenas a troca de um calendário por outro, em nada ou quase nada modificando o pensamento reinante. Espero que as novas gerações respeitem esta que, apesar das guerras e das dificuldades financeiras mundiais, tem a capacidade de criar e registrar, por intermédio dos bons profissionais, o que se passou em 20J I e outros anos que vem por aí. Gostaria que o diretor de cinema Stanley Kubrick, aquele que criou há trinta anos “2001 – Uma Odisséia no Espaço” estivesse vivo para ver como não estava não longe da realidade. Ele partiu, mas sua obra se imortalizou, assim como esta que nasce grande, nas mãos de brilhante jornalista lza Zilli e de sua capacidade em unir tantos rostos num só: “Brasil, mostra a tua cara!”.
Que eu tenha no futuro o mesmo equilíbrio para escrever publicamente, a mesma força para lutar contra o mal e a mesma vontade de viver como hoje. Que o futuro seja, de preferência … parecido com a casa paterna, de onde fluía o bem; os ensinamentos para tanta gente nasciam nas belas mesas de almoço de domingo, com rendas, cristais, pratarias, porcelanas e o principal, amor, muito amor para distribuir a todos.
Gostaria de me lembrar para sempre da máxima que chegou aos meus ouvidos, vinda das estrelas: “Pus o tempo na palma da mão, e esse escoou em busca de salvação.”!
Anita Zippin
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