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“Perguntaram-me se amo curitiba…”, questiona Cicero Urban

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Curitiba da noite escura e do céu sem estrelas. Das quatro estações em um único dia. Úmida e cinza. E, além de tudo, habitada por curitibanos! Como alguém pode se apaixonar por você?

Não tem palmeiras, mas cantam alguns sabiás. Capital ecológica? Tenho minhas dúvidas. Rua das Flores, que tem tudo, ou quase tudo, menos flores. Tem até uma boca maldita lá.

E a comida? Carne de onça! Um único prato típico, de origem duvidosa e com um nome de mau gosto!

E o aeroporto, ah, o aeroporto… A porta de entrada é um aeroporto que nem é de Curitiba! Foi construído estrategicamente para que os aviões aterrissassem apenas no verão. Afinal, quem viria para a capital mais fria no inverno? Como se encantar com uma cidade assim?

Curitiba da noite estrelada e do céu azul anil. Quem, senão você nos apresenta todas as estações da vida em um único momento? Todas as cores e tonalidades dos seus parques. E seus habitantes, discretos e elegantes! Como não se apaixonar por esta cidade?

Ipês, araucárias, manacás, imbuias e juvevês… Quem precisa de palmeiras, mas que venham o sabiá, a gralha azul e o bem-te-vi. A Rua das Flores se abre a todos e a boca maldita sussurra seus segredos mais escondidos.

Curitiba dos tantos sabores!

A porta de entrada, o aeroporto que é de Curitiba, mas não fica em Curitiba! E a cidade fica mais bonita no inverno. Porque sem o inverno Curitiba seria apenas uma cidade sem mar. Quem já viu o Tingui no inverno sabe do que eu estou falando.

Como não amar esta cidade, que tem em cada canto um encanto, cinza e colorida, risos e lágrimas? Curitiba é vida.

 

Cicero Urban

Médico Mastologista e Oncologista

Coordenador do Curso de Medicina na Universidade Positivo

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