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“O plano Divino em nossas vidas” comenta Victorina Sagboni

Postado em

Curitiba, 31 de Março de 1991

 

VICTORINA SAGBONI; poetisa, pintora, esotérica, ela é figura querida e popular em nosso meio social, transmitindo em seu semblante a· segurança de quem curte e sabe o que faz. Aos 15 anos já tinha um livro completo, pronto para ser editado. Como pintora já expôs no Rio, São Paulo, Argentina, Portugal eEspanha. Como esotérica e parapsicóloga transmite paz e energia para os que dela se· aproximam. Esta é Victorina.

PESSOALMENTE

Signo: Escorpião

Cor: Azul

O que é bom: Amizade, lealdade, amor e companheirismo

Filhos: Três já casados, Haroldo, Lucia Helena e Maurício

Netos: José Gabriel, João Gustavo, Isabella, Daniel, André e Ana Carolina

Esoterismo: Procura do mistério que somos nós

Poesia: Maniera de exprimir sentimentos

Pintura: Um agradável meio de vida

 

Izza – O que significa a pintura para você?

Victorina – É parte do plano divino de minha existência e um gratificante meio de vida.

Izza – Como saber se é o plano divino?

Victorina – O plano divino de nossa vida é nossa perfeita expressão e se transforma numa ocupação absorvente e incessante que nos parecerá sempre fácil e enriquecedora.

Izza – Como vai sua pintura?

Victorina – Comecei quando solteira, depois casei, tive filhos e retomei para concluir o curso com Viaro, Nísio e DeBona. Faltavam alguns meses para a formatura quando fui convidada para ir ao Rio de Janeiro onde representei a Secretaria junto ao MEC. A pintura sempre fez parte de minha vida, mas, somente em 1967 comecei a levá-la a sério como profissão e meio de vida.

Izza – Nesta época, não era difícil fazer carreira como artista plástica?

Victorina – Aí é que eu te digo, que acho que existe um plano de vida para cada criatura. Quando chega o momento de você fazer determinada coisa parece que tudo se encaminha para aquilo. Eu nem me liguei em dificuldades e quando percebi estava produzindo e vivendo da pintura. Tudo acontece na hora certa.

Izza – Morar um tempo no Rio de Janeiro foi importante para a tua· carreira?

Victorina – Sim, porque lá tive muita sorte. Desde a primeira exposição fui apadrinhada por Rubem Braga. Ele passou na galeria onde eu estava pela primeira vez e comprou alguns quadros. Na segunda comprou mais deixando-me um convite para conhecê-lo pessoalmente. Depois disso escreveu uma cronica muito bonita falando sobre meu trabalho.

Izza – O fato impulsionou a tua carreira?

Victorina – Me abriu portas, pois parece que as pessoas começaram a prestar atenção no meu trabalho. Até cheguei a ganhar prêmios numa época em que as homenagens eram difíceis, Lá tornei-me amiga de pessoas importantes e que tinham força no mundo cultural, como Tonia Carreiro, Gilda de Abreu, Ricardo Cravo Albin. Enfim, no Rio consolidei a minha profissão, vivi dela e sem me dar conta, tomei-me uma pintora profissional.

Izza – Como você explica o seu sucesso numa fase em que tudo era mais difícil?

Victorina – Primeiramente acho que tive proteção divina, talvez porque eu pesquisasse materiais diferentes. Gosto de procurar coisas novas apesar de ser visceralmente figurativa.

Izza – Que técnica você usava então?

Victorina – Eu pintava regularmente. Depois fiz abstrato e também me dei bem, pesquisei novas técnicas e com sonhos e inspiração fui me aprimorando. Voltei a Curitiba, expus na Argentina. em Portugal (Porto) e em Madrid.

Izza – Este pique de exposições continuou?

Victorina – Continuei fazendo pesquisas e pintando, mas não com o objetivo de venda. Nos últimos quatro anos não expus apesar de ter idéias na cabeça. E agora estou me preparando para uma nova fase.

Izza – Qual seria esta nova fase?

Victorina – Eu a chamo de Mundos Paralelos. A figura humana normalmente aparece porque é expressiva e complementa. Isso não desfazendo o abstrato e a paisagem e as flores que adoro, porém numa técnica comum.

Izza – Você já planejou a sua próxima exposição?

Victorina – Sim, gostaria de fazer uma exposição mostrando fases anteriores até a atual. Uma coisa mais didática, não para vendas.

Izza – Além da pintura você tem outra atividade paralela?

Victorina – Outra atividade importante a qual me dedico é a Ufologia e a Parapsicologia. Até acho que é o motivo principal de todas as minhas atividades. O estudo desses fenômenos e a ciência que é a Ufologia que está ligada à tudo nesse mundo que você possa imaginar de história, ciência de qualquer lugar neste planeta.

Izza – Você é mística?

Victorina – Não sou mística, sou esotérica ligada a coisas fora deste planeta.

Izza – É fatalista?

Victorina – Sou adepta a filosofia “do que deve acontecer”, não do fatalismo mas de um plano para cada um de nós, segundo a nossa escolha anterior num plano que não podemos explicar mas entender mentalmente.

Izza – Com o esotérica você acredita.em reencarnação?

Victorina – Mesmo que eu não tivesse nenhuma fé, acho que não haveria outra explicação para a vida. Tem que haver muitas vidas senão, que injustiça seria, você tendo tantas coisas que gostaria de fazer, para alcançar, ter somente uma vida para concretizá-las? E quanto aos pobres, analfabetos e doentes mentais, você acha que teria lógica se eles tivessem somente esta chance?

Izza – Você acredita em muitas vidas?

Victorina – Sim, todas interligadas por graduação de aprendizado, conquistas e evolução. Acho que seremos muitas criaturas até chegarmos ao ponto de não precisarmos mais permanecer neste plano da 3ª dimendão do Planeta Terra. Quando cumprirmos iremos para o plano superior de evolução contínua até chegarmos à eternidade.

Izza – Você é ligada a algum grupo?

Victorina – Sim, ao grupo de Irene Granchi no Rio de Janeiro que me deu a oportunidade de conhecer ufólogos internacionais, como Allen Heyneck consultor do filme “Contatos Imediatos de 1º grau”. já falecido. E ainda, Sanches Bueno, de Portugal, Leo Sprinkls, Fabio Cerpa da Argentina, James Hrtak, dos Estados Unidos, General-Moacir Uchoa e Sílvio Lago.

Izza – E a poesia?

Victorina – Fiz poesias desde os 8 anos de idade e lancei um livro do que escrevi de 8 a 15 anos, “Canção de muitas despedidas”, foi feito aqui e em Portugal.

Izza – Como você chegou até lá? 

Victorina – Foi surpreendente. Me preparei para viajar como turista. Quando cheguei ao Galeão se aproximou um rapaz me perguntando se eu era a Victorina. Na época, Maximiliano da Fonseca era Ministro da Marinha e me reconheceu por uma matéria que leu a meu respeito. Convidou-me para fazer parte de seu grupo. chegando em Portugal, ele foi recebido pela Embaixada e conseqüentemente foi dada a chance de conhecer o Embaixador Dario de Castro Alves e Dinah Silveira de Queiroz que me deu ampla cobertura. Lancei meu livro, expus as pinturas e fiz uma palestra sobre ufologia. Foi inesquecível.

Izza – Você pretende lançar mais livros de poesia?

Victorina – Tenho poesias inéditas e continuo a escrever, mas, pouco planejo. Estou sentindo que estou iniciando uma nova fase em todos os sentidos e me preparando. O que Deus mandar será aceito.

Izza – Para você, o que é inaceitável na vida?

Victorina – Traição, deslealdade. Quanto a vida em si, me corta o coração a miséria mas sei que ao mesmo tempo não existe injustiça no mundo porque existe uma lei superior ao nosso entendimento que sabe porque as coisas acontecem.

lzza – Quem você admira?

Victorina – Eu não poderia citar pessoas daqui de Curitiba, porque amo muita gente e tenho tido provas de carinho e amizade e no receio de deixar de citar alguns, declaro o meu carinho por todos.

 

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