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Jô Braska Negrão

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Se o assunto é dança, o nome em destaque é o da paranaense Jô Braska Negrão, que, pelo seu conhecimento na área, é hoje a supervisora da Escola do Teatro Bolshoi no Brasil, sediada na cidade catarinense de Joinville. Considerada uma das escolas de dança mais famosas do mundo, a Escola do Bolshoi, pela primeira vez, em dois séculos de tradição e história, instala no Brasil uma filial que segue a mesma orientação e metodologia da matriz em Moscou. O Japão e os Estados Unidos, que também se candidataram a sediar a instituição, ainda não conseguiram concretizar os seus planos. Se os brasileiros tiveram o privilégio de ser os primeiros a receber a autorização para o funcionamento desse centro de ensino e cultura, considerado um modelo na arte universal, o mérito deve ser concedido a jô e seu mando João Prestes, que viveram alguns anos na Rússia, com trânsito na área cultural daquele país.

 

Nascida no norte do Paraná, Jô morou em São Paulo e atualmente reside em Curitiba com o marido e a filha Catherine, de 10 anos. Seu tempo é dividido entre a capital paranaense e Joinville, onde exerce suas funções de supervisora e embaixatriz da Escola Bolshoi. Tendo cursado Psicologia, na Universidade Tuiuti, e Musicoterapia, na Faculdade de Artes do Paraná, estudou dança com Tadeu e Milena Morozowski.

Nos Estados Unidos, frequentou a Escola de Alvin Ailey, coordenou a UNIC (União Nacional de Intercâmbio Cultural Brasil – Estados Unidos) e participou da Cia. Citystep, em Cambridge, sendo bailarina e assistente de produção de Sabrina Peck. Cursou ainda o mestrado em Ciências das Artes pela Universidade de Harvard, em Boston. Nesta cidade americana, ocupou a cadeira de professora de Modem jazz, na Faculdade de Dança, Teatro e Música, e foi convidada para integrar o grupo de estudos da Claire Mallardi, diretora e crítica da Universidade de Harvard.

Em Curitiba, Jô fundou, em 1974, a Danjô Corpodança, que até hoje (rebatizada como Danjô Escola de Dança), é considerada uma academia modelo, tendo formado diversas gerações de bailarinos. Os espetáculos dirigidos por ela, com alunos da escola, marcaram época pela criatividade coreográfica e perfeição técnica.

A aproximação de Jô com a cultura russa deu-se a partir de 1988, quando foi convidada para ministrar aulas de jazz na Escola Coreográfica de Moscou, dirigida por Sophie Galovkina. Ainda naquela capital, montou a coreografia “Tudo por Amor”, com música de Cesar Camargo Mariano, para a Escola de Nicolai Ogrizkov, primeira companhia de dança contemporânea da antiga União Soviética. Residir alguns anos naquele país, foi o elo de ligação no contato com a Escola do Teatro Bolshoi, para que ela organizasse a vinda e a apresentação de solistas da Cia. de Baile do Teatro Bolshoi, no XIV Festival Internacional de Dança de Joinville, em 1996. O fato se repetiu, em março deste ano, no espetáculo de inauguração da Escola do Teatro Bolshoi.

Sua atuação foi fundamental nas duas ocasiões. Nos anos seguintes, a partir de sua articulação no mundo da dança, Jô foi responsável pela vinda de Alicia Alonso e da Cia. do Balé Nacional de Cuba (1997) bem como dos solistas da Ópera de Paris e da Companhia de Balé de Toulouse (1998) para o festival catarinense.

As atividades de Jô, além da supervisão da Escola do Teatro Bolshoi, em Joinville, estendessem à participação em simpósios e em júris de vários eventos nacionais e internacionais.

 

JÔ BRASKA

 

No dia 17 de março, Joinville, importante polo industrial do Sul do País, recebia de braços abertos, a primeira filial da Escola do Teatro Bolshoi de Moscou, uma das mais importantes instituições do mundo, dedicada às artes cênicas. Se o Brasil, como país latino teve o privilégio de sediar este templo da arte, Joinville ofereceu seu espaço, sua estrutura física e sua sensibilidade para que este projeto se tornasse possível.

A escola em Joinville conta com o mesmo prestígio da matriz russa.

No primeiro exame realizado em dezembro do ano passado. havia uma disputa de 43 candidatos por vaga. Também o espírito social foi seguido. Na cidade catarinense. dois terços dos alunos são da periferia com direito a bolsa-estudo que inclui lanche. transporte e uniforme. Sem dúvida alguma, o Brasil e a América Latina são os beneficiados por esta cultura, que atém da arte, pratica a solidariedade e o incentivo aos novos valores.

 

Escola do Teatro Bolshoi no Brasil

Centreventos Cau Hansen

Av. Beira Rio, 315

89204-110

(47) 4224070 / 423-3624

Joinville – SC

 escolabolshoi@escolabolshoi.com.br

 www.escolabolshoi.com.br

 

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