Nascida em Inhambupe, Bahia, passou a morar em Curitiba em 1954. Formada em Letras Neolatinas pela UFPR, Yvelise já fez 11 cursos de especialização, que lhe renderam propriedade intelectual suficiente para trabalhar como professora de ensino superior e como crítica de arte. Essas não são, entretanto, suas únicas atuações. Pela enorme paixão que nutre pelos animais, trabalha como voluntária pela Sociedade Protetora dos Animais de Curitiba.
Mas seu idealismo é tão grande que a história de Yvelise apenas começa nessa introdução. Preocupada com a sorte dos animais desvalidos, não mede esforços para socorrê-los e jâ fez com que muitas pessoas recuperassem seu animalzinho de estimação, ou encontrou donos para os que estavam abandonados. Assim é Yvelise: sensível, carinhosa e pronta para seguir com força o seu ideal.
Sua formação, que inclui alguns anos de estudo na França, (Université de Lyon e na Sorbonne), como bolsista do governo francês, foi fomentada por 34 anos lecionando em escolas particulares, estaduais e como professora adjunta de Língua e Literatura Francesas na UFPR. Yvelise ainda proferiu diversas palestras, cursos e conferências, desenvolvendo temas como poesia, literatura, teatro, linguística e crítica de artes plásticas. Publicou muitos trabalhos em jornais, revistas e catálogos.
Começou a trabalhar como crítica de arte em 1988. Já tinha uma formação voltada para as artes plásticas. Desde muito cedo, Yvelise frequenta museus em todo o mundo, viajando com seus pais. A educação esmerada das escolas religiosas, em que cursou disciplinas como Filosofia, Latim e Línguas Estrangeiras, também embasou sua formação crítica.
Foi homenageada pelo governo da Polônia, por haver proposto a criação do curso de Língua Polonesa, no Departamento de Letras Estrangeiras da UFPR. Foi coordenadora desse curso até que saiu a sua aposentadoria.
Atualmente, dedica-se em especial à Sociedade Protetora dos Animais. Por meio dessa entidade, participa de conferências para empresas e orienta pessoas sobre a criação de animais domésticos. Faz um trabalho voluntário voltado para os animais e para a comunidade.
Os animais despertam em Yvelise uma grande compaixão. Sente que é seu dever defendê-los perante a sociedade e mostrar sua importância em relação à vida dos seres humanos e da Natureza. Sonha em ver a Sociedade Protetora sem problemas financeiros. Considera uma missão ajudar a estruturar a entidade e estabilizá-la como órgão não governamental.
Por várias vezes em Curitiba, Salvador e Vitória, deu entrevistas nos jornais, canais de televisão e rádios, falando sobre os animais abandonados, sobre o sofrimento deles a necessidade que tem o ser humano de aprender a conviver melhor com seus irmãos menores. Por todo esse trabalho, Yvelise recebeu várias homenagens. A Associação Boca Rouge, a Sociedade Protetora dos Animais de Curitiba, a Câmara dos Vereadores de Curitiba, o Conselho Estadual da Mulher do Paraná e a Consultoria de Arte Adaline Caron reconheceram-lhe seu talento e os serviços por ela prestados.
YVELISE
Tenho lembranças maravilhosas de minha infância e adolescência. Estudei em um colégio na Tijuca, Rio de Janeiro, numa antiga quinta da família imperial brasileira. É um colégio da Congregação das irmãs dos Santos Anjos, de origem francesa, às quais devo muito de minha formação intelectual.
Quando conheci meu marido, estava com viagem marcada para fazer mestrado na França, porém desisti de fazê-lo. Depois fomos várias vezes’ à Europa.” Em uma dessas viagens, quando estava na Itália, tive o prazer de conhecer as origens de minha família paterna. Visitei a cidade natal da família, Campello Sul Clitunno, que foi fundada pelo Conde Rovero di Campello 1.100 anos atrás. Visitei o castelo de meus antepassados. Foi uma experiência encantadora.
Meus Hobbies são: viagens, leitura e observar, quase diariamente, o deslumbrante pôr de sol de Curitiba. Peço a Deus que preserve minha visão por muito tempo, pois adoro ler. Essa paixão nasceu muito cedo. Meu pai, Antônio Campello de Araújo, médico em Caçador – SC e posteriormente em Curitiba, possuía uma excelente biblioteca e despertou nos filhos o gosto pela leitura e pelas artes plásticas. Menina ainda, tive minha própria biblioteca, na qual Monteiro Lobato era o rei.
O que mais gosto na vida são os animais. Minha avó, Isabel Dantas de Carvalho Coelho, tinha verdadeira paixão por eles. Dessa mágica pessoa, herdei o amor que dedico aos bichos. Penso, também, em S. Francisco de Assis que os chamava de “irmãos menores” e o tomo como meu exemplo. Você já pensou que as pessoas que amam e protegem os animais contribuem para tornar o mundo menos violento e menos cruel?
Alguns costumam relacionar o apego aos animais com algum problema de sociabilização e até criticam o trabalho em prol dos bichos, enquanto existem pessoas passando necessidade. Não sou indiferente ao sofrimento humano, mas os animais também são desvalidos e fazem um bem imprescindível ao ser humano, chegando mesmo a ajudar no tratamento de pessoas com hipertensão, depressão e outras doenças. Além de tudo, também me dediquei a crianças e jovens, por meio do exercício do Magistério e o fiz com intensa paixão.
Meu sonho é que alguma empresa se interesse pela Sociedade Protetora dos Animais, nos oferecendo um terreno para a construção de uma sede própria, mais ampla, para a realização de nosso trabalho. Já salvei muitos animais que se perderam e nesses casos não só o animal é beneficiado, mas também o dono, que desenvolve uma relação afetiva intensa com seu companheirinho e a perda deste implica até problemas emocionais. Consegui lar para um grande número de cães e gatos e estou certa de haver contribuído, assim, para a felicidade de muitas pessoas.
Mensagem para mim no futuro: tenha fé, acredite que seus desejos serão realizados. Pense que o ser humano vai evoluir e preservar a Natureza, o meio ambiente e os animais. Não deixe de lutar por seus ideais. Continue sua missão porque ela é um passo em direção à construção de um mundo melhor, ela vai ajudar a despertar uma consciência ecológica coletiva sobre a importância da Natureza.
Yvelise
(41) 224-9946